Sejam todos bem-vindos!

Acompanhe, ria e reflita sobre histórias de vida na perspectiva da minha pequena Sofia.



Eu quero é me divertir

Eu quero é me divertir

domingo, 25 de julho de 2010

Está muito bom

Horas depois, o avô põe à mesa o almoço da Sofia. Logo que ela começa a comer, ele pergunta:
- Está bom o almoço, Sofia?
Ela responde com um simples: - Está!
Ele, não muito confiante na resposta dela, insiste: - Mas está bom mesmo, ou está mais ou menos?
Ela responde enfaticamente: - Está muito bom!
Assim ele não tem mais dúvidas! rs

Eu sei que, geralmente, as crianças percebem os não-ditos, as intenções subentendidas, as insinuações e as manipulações. O que a gente acha engraçado na Sofia é que ela responde a eles! Não é boba.
Eu sou uma mãe coruja, eu sei.

O sono já acabou

Esta quem me contou foi meu pai.
Noite retrasada Sofia dormiu com meus pais. Pela manhã cedo, minha mãe deu leite pra Sofia e recomendou que ela voltasse a dormir, pois ainda era cedo. Ela voltou. Horas depois, ela acorda e sai do quarto. Meu pai, que assiste a cena, pergunta pra ela: - Pra onde você vai Sofia?
Ela responde:
- Vou pra sala vovô. Meu sono já acabou!
Ele me conta rindo.
...

Seus pacientes estão bem

Esta quem contou foi meu tio Gonçalo que está morando por um tempo com meu pais. Ele me narrou entusiasmado com o jeito de Sofia.
Ele disse que chegou do trabalho, dia desses, e Sofia conversou com ele:
- Tudo bem, tio Gonçalo (ele é tio-avô dela e ela sabe, mas abrevia)?
- Tudo, Sofia.
- Está chegando do trabalho, né?
- Estou sim.
- E os seus pacientes como ficaram?
Tio Gonçalo adorou essa pergunta dela. Ele trabalha em hospital na parte de contabilidade. Sofia sabe que é em hospital, só não sabe que é em parte burocrática, então deduziu que era com pacientes.
Já que ela demonstrou interesse e atenção, ele explicou a natureza do trabalho dele, imaginem.
Essa Sofia...

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Eu sei me cuidar

Ainda no mesmo dia, antes do ocorrido sobre um irmãozinho, no mesmo dia, e já à noite, eu estava me arrumando e arrumando as meninas para irem comigo fazer uma inscrição em um curso em um determinado local. Eu disse à Elaine:
 - Que bom que você está com a gente. É bom que pode me ajudar a olhar Sofia enquanto eu fico na fila, se houver, e você fica de olho para ela não ir longe, não chegar perto de piscina etc.
E Sofia, ouvindo, respondeu séria olhando pra mim:
- Não precisa. Eu sei me cuidar!
Aff!

Eu respondi que está bem.
Mas, com crianças, e ainda mais criancinhas, não dá pra relaxar. E como Sofia é criancinha, meu bebê, ela se comportou como tal, correndo, pulando, foi pra longe, voltou... Claro, ela é só uma criança! Querendo ser independente. ;-)

Um irmãozinho

Terça-feira passada, dia 20 de julho, saí com Sofia e a Elaine, amiga nossa de 10 anos, que às vezes faz companhia para Sofia. Estávamos em uma fila de caixa rápido bancário, e Sofia começou a brincar com a corrente que delimita fila. Então, ela marcou a parte dela, pediu à Elaine que também escolhesse, e à mim também, e sobrou uma parte. Aí Sofia disse: - Essa parte aqui é do meu irmãozinho!
Olhou pra mim e antes que eu começasse a falar, ela se adiantou: - Talvez, né mamãe! Você vai pensar, né!
...
Semanas atrás, eu e ela tivemos uma conversa sobre eu ter um outro bebê e ela um irmão, e pela profundidade dos argumentos dela, que abria mão dos brinquedos, que compartilhava o colo de mamãe, dentre outros, eu "bati em retirada"! rs

Dias antes ainda, ela já vinha pedindo um irmãozinho. E relatando as histórias de irmãos dos amigos da escola dela. Que pressão Sofia faz!
Na revista Cláudia de junho/2010 há orientações de uma profissional para respostas a esses tipos de pedidos das crianças. Gostei do conselho de sermos direta em informar a decisão, poupando as crianças de longas explicações, de maneira bem simples.
Posso dizer que busco fazer isso. Mas Sofia continua esperando, e querendo...

Talvez se ela fizer algo assim, quem sabe aconteça:

Um amigo do trabalho me enviou esse vídeo quando soube dos pedidos de Sofia! rs
Brincadeiras à parte, aumentar a família é uma decisão complexa nos dias de hoje, digo por mim e pelo meu marido!
;-)

sexta-feira, 16 de julho de 2010

'Privinição'

Dia desses atrás, dona Terezinha faltou uns dias de trabalho em decorrência de greves de ônibus. Coube ao pai de Sofia arrumá-la pra ir à escola, enquanto eu estava trabalhando. Cheguei ao apartamento no horário de almoço, ainda em tempo de vê-los se preparando. O pai dela, que não tem costume com esse tipo de tarefa,  foi verirficar a mala da Sofia e retirou a capa de chuva. Sofia resistiu chorando dizendo que era pra usar em caso de vir a chover. O pai dela afirmou categoricamente que não seria necessário naquele dia, com certeza aquela época não era de chuva, e seria melhor tirar a capa.
Sofia veio pra mim desapontada, quase chorosa, dizendo que queria levar a capa de chuva de "privinição"!
Lembrei-me de ter ouvido essa palavrinha sendo dita pela dona Terezinha. Na história de vida de dona Terezinha entendo o linguajar dela. E não costumo corrigi-la ou julgá-la errada, principalmente na frente da Sofia, para não ensiná-la equivocadamente a estereotipar ou desvalorizar pessoas em consequência da língua falada.
Mas aí, na hora precisei fazer a correção da palavra para Sofia. Tentei sutilmente fazer a correção e disse algo semelhante a: - Você está certa quanto a 'prevenção' Sofia, é que o seu pai...
Sofia me interrompeu logo, percebendo a minha intenção e me "corrigindo": - Não mamãe, prevenção não, é privinição!
Pra mim, só restava ser explícita, e deixar de arrodeios:
- Sofia, quem fala 'privinição' aqui em casa é a dona Terezinha, pois ela aprendeu assim e pensa que está certa. Mas a palavra certa é prevenção!
Surpreendemente, ela aceitou sem mais argumentos, insistências e resistências.
Aos poucos, à medida que ela for crescendo e em doses homeopáticas, irei ensinando-a a respeitar a língua falada das pessoas, combatendo o preconceito linguístico, ao mesmo tempo em que ela se apropria da Língua padrão e compreende os contextos de utilização!
Assim espero!

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Avós deviam namorar

Fim de semana passado, eu e Sofia fomos ao apartamento dos meus pais, almoçamos com meu pai e minha irmã. Após o almoço, diferente de outras vezes, eu já chamei Sofia para nos prepararmos para ir embora. O avô dela também começou a se arrumar. Após alguns minutos, Sofia observou que ele estava todo arrumado e cheiroso e perguntou para onde ele ia. Ele respondeu que ia ao shopping pagar contas.
Sofia cochichou no meu ouvido:
- Mamãe, o vovô devia chamar a vovó, ela se arrumava também, os dois saiam, jantavam fora e se beijavam!

Fiquei refletindo como é que esta criaturinha percebe que de duas pessoas arrumadas, companheiras, deve surgir um encontro íntimo ( para nosso pensamento é um encontro romântico e amoroso, e depois disso fica para a mente e alucinação de cada um. rs). Sei que naturalmente na idade de Sofia, por mais que eu evite expô-la a novelas e filmes inadequados para a idade, ela já assiste cenas desse tipo na televisão. Além disso, achei que foi um pensamento ingênuo e, ao mesmo tempo, apropriado e sugestivo para o casal. Por isso que acredito que às vezes precisamos ter olhares menos providos de obstáculos, questões passadas, para podermos usufruir do presente. As crianças nos ensinam.