Sejam todos bem-vindos!

Acompanhe, ria e reflita sobre histórias de vida na perspectiva da minha pequena Sofia.



Eu quero é me divertir

Eu quero é me divertir

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Ele gosta do que quiser

Minha mãe ainda me narrou uma das penúltimas de Sofia...
Ela ficou uns dias com Sofia, quando eu estava viajando. Contou que saiu do apartamento para passear com Sofia e tomar um sol. Quando voltaram, meu pai também estava voltando da rua e parou na portaria do bloco para verificar se tinha correspondências. Minha mãe, pelo costume, criticou de maneira "quase" impaciente:
- Toda vez que você passa por aqui você verifica essa caixa de correspondências. Haja paciência!
A Sofia saiu em defesa do querido avô:
- Ah vó, ele faz isso porque gosta!
A avó ainda tentou manter a crítica dizendo que ele deveria gostar de outras coisas...
Sofia também manteve a defesa:
- Ah, vó, ele gosta do que quiser!
Quer mais?!

Pensar na vida, que nada...

Primeira sexta-feira, pós carnaval, eu estava no meu apartamento, retornando de viagem, e recebi no almoço a visita da minha mãe e irmã, mais interessadas na Sofia do que em mim,é claro!
Então, Sofia, após uma semana sem aula, começa a dizer que vai se arrumar para ir à escola.
- Vamos ficar aqui hoje à tarde, eu não vou trabalhar. Eu disse a ela.
- Mas mãe, quero ir brincar na escola. Ela me respondeu.
- Vamos brincar juntas aqui hoje. A gente pode montar o quebra-cabeça da moranguinho novo que eu trouxe pra você. Eu insisti.
- Mãe, eu quero brincar com as outras crianças. Ela encerra a conversa!
Então, todas conversamos e almoçamos. Até que Sofia desaparece por alguns minutos e quando reaparece, já vestiu o uniforme, sozinha, para ir pra escola.
A vovó e a titia, desapontadas ainda insistem que ela fique em casa. A titia ainda se oferece pra brincar com ela. Eu digo que vovó e titia estavam lá para ter a companhia dela.
Então, Sofia, chorando copiosamente, diz que quer ir pra escola.
É claro que nós três desistimos de demovê-la da ideia de ficar, e nos conformamos. "Está bem, então vá para a escola." Dizemos, ou pensamos, em uníssono!
D. Terezinha a leva para a escola com quase uma hora de atraso.
Eu, minha mãe e minha irmã ficamos conversando sobre assuntos da vida. Minha mãe ainda se queixa que queria ter mais tempo para não fazer nada, não fazer comida em casa, não limpar casa, não fazer nadinha, só ficar pensando na vida...
D. Terezinha chega de volta e comenta:
- Sabe o que a Sofia foi me dizendo no caminho?!
- Diga d. Terezinha. Eu respondi.
- Eu é que não quero ficar em casa pensando na vida, dona Tetê. Eu quero é ir pra escola me divertir...
Eu só dou aquela olhadinha pra minha mãe pensando: "as crianças nos ensinam muito mesmo, hein!? Ficar pensando na vida? Que nada..."
Essa Sofia.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Eu odeio minha mãe

Em compensação, anteontem, na hora de ir à escola Sofia borrou o esmalte da unha que tinha acabado de pintar e enfeitar. Ela chorou bastante. Eu limpei a unha dela com acetona e disse que só pintaria de novo à noite. Ela não aceitou. Chorou, gritou, rolou no chão e ficou irredutível. Da minha parte, também endureci com ela. Firmei posição e pedi a ela que se acalmasse. Ela ficou irredutível e gritou muito. Eu dei umas palmadas no bumbum dela e disse para ir pra escola imediatamente. Ela saiu descendo as escadas e me dando ordens. Eu a chamei de volta para o apartamento e dei umas chineladas no seu bumbum aí sim ela se acalmou.
Mais tarde, liguei para casa e falei com d. Terezinha. Ela me contou o que Sofia disse no caminho: - D. Terezinha, eu odeio minha mãe!
Final da tarde fui buscar Sofia na escola. Quando ela me viu de longe deu aquele grito de alegria: - Mããããeeeeee!!!!
Huuufff! Ela esqueceu dos comentários a meu respeito e da frustração que sentiu. Como é difícil educar uma criança, meu Deus!
;-)