Sejam todos bem-vindos!

Acompanhe, ria e reflita sobre histórias de vida na perspectiva da minha pequena Sofia.



Eu quero é me divertir

Eu quero é me divertir

sábado, 25 de dezembro de 2010

ronco é música de ninar

- Vovô, por que você está usando essa coisa no nariz?
- Porque com isso eu durmo melhor!
- Ai vovô, tira isso, está me incomodando.
- Mas com isso eu não ronco enquanto durmo!
- Eu não me importo com seu ronco, vovô. Quanto mais o senhor ronca, mais eu durmo!!
;-)

p.s.: porque o dilatador nasal incomodou a pequena, ninguém ainda sabe. Mas sabemos que ela é doida pelo avô! A netinha gosta de adular o avô.

.......

sábado, 11 de dezembro de 2010

Usar soutien aos cinco anos?

Dias atrás, Sofia nos surpreendeu com mais uma.
Eu trouxe de uma viagem a trabalho uma faixa de cabelo rosa para a pequena e acreditei que ela poderia utilizar inclusive nas aulas de balé.
Dias depois, estava em casa no horário de almoço enquanto Sofia se arrumava para ir à escola. Eu sugeri:
- Coloque a faixa no cabelo, Sofia.
Ela respondeu: - Não mamãe, não quero!
Como estou acostumada com coisas que ela não usa nunca quando não gosta, busquei esclarecer logo:
- Você não gostou da faixa? Não vai usá-la? Vamos dar para outra pessoa então?
E ela espertamente respondeu:
- Gostei sim mamãe. Outro dia eu uso a faixa.
Fiquei certa de que ela iria usar sim a faixa, só que não naquele dia. Aceitei.
Minutos depois, no momento em que ela se despede para ir à escola, o pai a beijou e a abraçou e percebeu algo estranho:
- O que é isso Sofia? Ele pergunta.
Ela se desvencilhou logo dos braços do pai e saiu de perto. Ainda assim, pude perceber que ela havia vestido a faixa de cabelo por baixo da blusa! Fiquei boquiaberta e sem o que dizer, imaginando que a criança estava querendo ser mocinha usando soutien. Fiquei sem ação. Não esperava isso tão cedo. E o pai já foi logo ordenando que tirasse aquela "invenção".
Dona Terezinha foi quem me esclareceu que em conversa com a pequerrucha ela havia comentado sobre as amiguinhas que usam top para ir à escola.
Senti-me assustada imaginando a minha criancinha-quase-bebê já querendo ser mocinha. E com esse esclarecimento, senti-me aliviada, pois entendi que era só o uso de top imitando as amiguinhas.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

dinheiro pra comprar dindim

Cheguei ao apartamento para almoçar. Como de hábito Sofia está arrumada pra ir a escola. Às vezes já almoçou.
Ela se vira pra mim  e pede:
- Mamãe, me dá dez reais para comprar dindim?!
Como às vezes eu dou moedinhas a ela para comprar dindim, achava que custava cinquenta centavos, eu respondi ironizando:
- Amor, com dez reais você vai comprar o carrocinha de dindim inteira! Não precisa de todo esse dinheiro.
Ela se conformou e eu não me delonguei explicando matemática financeira a ela.
Dona Terezinha que se encostou em mim, um pouco mais distante, e cochichou-me:
- Sofia tinha me dito que ia te pedir dinheiro para comprar dindim pra ela e pros amiguinhos. E dona Terezinha deu uma risada.
E eu fiquei com a cara no chão e ao mesmo tempo orgulhosa da intenção da pequerrucha, claro. No primeiro caso porque eu subestimei o "cálculo financeiro" da criança. No segundo caso, porque a pimpolha queria compartilhar...
A cada dia sinto novas emoções com Sofia! 

Desenho para mamãe

Eu sei! ;-)

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

amiguinhos da escola

Eu vi este desenho e perguntei a Sofia se era a mãe, o pai e a filhinha (nós!). Surpreendi-me com a resposta: - Não. Desenhei eu e meus amigos!

A mocinha não desenha só papai, mamãe e a filhinha, não!


p.s.: claro que fiz uma pequena incrementação digital!

sábado, 13 de novembro de 2010

Sofia e o jardim encantado

Aproveitando um tempo juntas, e organizando o apartamento,  eu peguei mais um desenho de Sofia para guardar, resolvi digitalizar e já incrementei o desenho.
Sofia aprovou o que acrescentei e modifiquei e foi inventando história sobre o desenho. Pedi autorização para escrever a história e divulgá-la no blog. Ela  e adorou e foi criando história. Foi um momento divertido. Rimos bastante. Eu interferi muito pouco na construção da história, mas fiz de maneira respeitosa ao trabalho e ao mundo imaginário dela. Lembrem-se: ela é um criança de cinco anos!  Sei que a história irá confirmar.
Mas eu gosto destes elementos fantasiosos e, muitas vezes, sem lógica. É claro, se trata da invenção de minha filha, mas eu reforço porque me permito embarcar no mundo dela. Ainda não assisti ao filme do Eddie Murphi que acho que aborda um tema ligado a isso, ainda o farei.

Sofia e o jardim encantado

Era uma vez uma menininha chamada Sofia. Ela parecia uma princesa de coroa porque usava um chapeu lindo.
Um dia ela foi passear de bicicleta, mas a esqueceu em casa.
Existe uma velha lenda sobre bicicletas escondidas nas montanhas ao lado da pirâmide negra. Como Sofia sabia dessa lenda, ela foi às montanhas da pirâmide negra procurar a bicicleta que ela sabia que era mágica.
No topo da montanha havia um lindo jardim, e lá estava a bicicleta escondida. Como o jardim era tão encantador, Sofia não percebeu que a bicicleta estava escondida dentro de uma caverna, bem atrás dela.
Sofia saiu para descobrir os segredos do jardim. E, quando entrou na parte mais mágica do jardim, ela se transformou em uma fada.
Ela saiu voando e rodou em volta das plantas e flores. Quando percebeu, estava em frente a caverna. Ao olhar para dentro da caverna, a bicicleta estava brilhando e veio voando até Sofia.
Ela voltou para casa voando e pedalando. Ao chegar, a mãe descobriu que Sofia tinha virado fada. A mãe pediu que ela voltasse para o jardim encantado para viver com as fadas e os outros seres encantados.
Voltando ao topo da pirâmide, Sofia se transformou em uma bela princesa.
Vivendo na montanha, Sofia voava com as borboletas, as araras e os pássaros.  Também se transformava em sereia e nadava com as sereia, os golfinhos e as baleias.
No jardim encantado, Sofia brincava com vários animais e plantas, e nadava nos rios. E era muito feliz.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

hoje não tem aula

Essa foi narrada pela avó paterna, que, junto com o  pai, cuidou de Sofia enquanto eu viajava a trabalho.
Sexta-feira, horário do alumoço, começaram as cobranças para que a pequerrucha se aprontasse para ir à escola.
A pequena informou:
- Hoje não tem aula!!
Os adultos questionaram a informação. Discutiram um pouco entre si.
- Não há nada informando na agenda! - Verifica o pai.
- Tem aula sim Sofia. - Insiste a avó.
E no meio da discussão dos adultos, incluindo a Dona Terezinha, a pequena reafirmou com ênfase:
- Gente, vocês querem me ouvir? Deixa eu falar?! A "tia" disse ontem que hoje não tem aula. Disse sim. Com certeza!
Mas, todos sabem como é uma criança. Não dá pra acreditar em tudo o que elas dizem! Pelo menos a gente acredita com um pé atrás.
A avó sugeriu:
- Tudo bem Sofia, vamos fazer assim: você se arruma e vai para a escola. Se não tiver aula, você volta. Não tem problema!
E minha 'gatinha', certa de que não haveria aula, cedeu. (Que coisa linda! Tão flexível!!!! ;-))
O pai a acompanhou até a escola e obteve os esclarecimentos. No dia que enviaram o recado na agenda, Sofia faltou por questão de saúde.
Já retornando ao apartamento, ainda do térreo, de lá de baixo Sofia gritou para a avó ouvir lá de cima:
- Eu não disse, vovó?! Eu não falei que não ia ter aula...
A avó me contou que ficou impressionada com a posição segura e enfática que a netinha expressou!
...

Eu, particularmente, curti bem o momento em que minha pimpolha demonstrou ser capaz de trazer recados e fazer cobranças para a escola. Ainda me lembro dela me dizer no início do ano: - Mãe, tenho que levar hoje o dinheiro para o teatrinho!
E há três anos, quando era uma bebezinha mesmo, chegava da escola no início da noite, e ficava repetindo as músicas e a coreografia aprendidas na escola...
Muito lindo acompanhar esse desenvolvimento da criança. ;-)

domingo, 24 de outubro de 2010

quero brincar perto de você

Neste domingo, Sofia está com a companhia da prima Sarah.
Assim que acordaram, Sarah chamou Sofia para brincarem na casinha montada na varanda do quarto. A casinha é um ótimo lugar de brincadeira com pia, geladeira, fogão, tábua de passar etc. Sofia ficou um pouquinho. Mas, enquanto eu me sentia aliviada por elas não virem bagunçar a sala, elas começam a chegar de mudança! Trazem tudo para a sala.
Eu ainda insisti:
- Não Sofia, vão brincar lá na casinha, na varanda!
Ouço a resposta:
- Quero brincar aqui porque fica perto de você mamãe!
E lá vem elas com os apetrechos. Como vou dizer não com essa resposta?! Então, está bem. Depois arruma tudo. (É claro que não arruma tudo, mas arruma boa parte. ;-) )

sábado, 16 de outubro de 2010

de repente andando de bicicleta

De repente, Sofia me chamou na varanda do quarto dela:
- Mãe, vem cá ver uma coisa!
Quando cheguei, lá estava ela andando de bicicleta. Fiquei satisfeita ao vê-la superando mais um desafio.
Esta minha satisfação se deve a uma preocupação quanto ao desenvolvimento psicomotor da minha pequerrucha. Acho que quanto ao desenvolvimento cognitivo, ela está indo bem, e às vezes supera as nossas expectativas. Mas quanto a evolução das fases motoras, acho que ela é mais tímida para explorar o potencial do corpo em movimento, para superar desafios com tanta rapidez quanto no uso da inteligência linguística.
Percebo isso no crescimento da minha pequerrucha: medo para ultrapassar os limites, o que de certa forma é natural. Mas sei que se propor estímulos adequados e acompanhar o ritmo dela, a cada dia ela vai evoluindo.
Neste dia, foi ao andar de bicicleta, que há alguns anos ela resiste. Dias atrás, foi nadar na piscina sozinha e sem a boia.

todos os dias nossos filhos crescem

Uma pessoa bastante especial me disse certa vez que a cada dia, ao término do trabalho, quando retornamos aos nossos lares, nossos filhos estão diferentes e mais crescidos.
Esses dias curti um pouco a surpresa de ver minha pequerrucha diferente assim. Cheguei em casa, ela se virou pra mim e disse:
- Oi, mae! Tudo bem com você?
Disse-me isso em um tom de voz tão adulto que me espantei. Depois a vi alcançando a pia para lavar as mãos, lugar que antes não alcançava. Detive-me um tempo observando Sofia e seus novos comportamentos.
E como cresce...

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

uma bailarina

Que pais não gostam de ver as produções dos pimpolhos? De ver o desenvolvimento, e o aprimoramento da escrita, da leitura, da fala, da contação de histórias, e dos desenhos?! Os da Sofia estão cada vez mais fofos. Sempre escolho alguns para guardar!

como o mundo aconteceu?

- Mamãe, como o mundo foi criado?
Pensei logo na história da Bíblia que eu precisava lembrar. O pai dela respondeu logo, bem superficialmente, da explicação evolucionista. Bem, mas eu contei a história bíblica, como me lembrava. E ela, dormiu!
Dias depois, ela fez a mesma pergunta. Aí, eu fui ler a Bíblia. Fiquei encantada com a outra interpretação, juntamente com outras questões, suscitada.
Gostei de ter relido o trecho bíblico do Gênesis.

tenho medo de monstro

- Mamãe, deixa eu dormir com você?!
- Nããão Sofia, você tem sua cama e seu quarto, durma lá.
- Não, mamãe, eu quero dormir no seu quarto. Eu fico com medo de monstro!
- Não se preocupe minha filha, por que a gente ora a Deus e pede que os anjos da guarda te protejam. Quer que eu conte uma história?
- Eu quero dormir no seu quarto. Então, eu quero dormir no apartamento da vovó, quero dormir com eles!
E Sofia chora e insiste por quase uma hora...
- Mamãe, na noite passada, eu acordei e lembrei do que você falou que nosso medo alimenta as bruxas. Eu me levantei, tentei encontrar "aquele" colar (que tem uma cara de mostro, mas é do Disney Animal Kingdom ) para assustar os monstros(que estratégia essa que ela inventou!). Mas eu tenho medo...

Bem, por enquanto tenho conversado bastante com Sofia e tenho pesquisado na internet sobre o assunto, mas está durando um tempinho. Ela só dorme quando cansa de fato de tanto insistir e chorar...
E, na semana passada, ela adoeceu. Fiquei preocupada com a relação entre o momento de medo pelo qual ela vem passando e a doença! Resta-me encorajá-la e prestar atenção à queixa dela...

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

o sorriso de uma criança

Ontem fui buscar Sofia na escola. Demorei mais tempo que o de costume.
Ao término da aula, as crianças ficam durante um tempo na própria sala, depois vão para outra sala, depois vão para o ginásio, e depois...
Bem, quando cheguei a escola, Sofia já estava no ginásio com alguns coleguinhas da turma e professoras auxiliares.
Ela estava longe quando me avistou . Deu um grito dizendo: - Mããããe!!!
E saiu correndo para pegar a mochila abrindo um sorriso e vindo em minha direção.
Que sensação maravilhosa ver minha pequerrucha naquela alegria ao me ver. Que maravilhosa lembrança daquela imagem!
Após anos que vou buscá-la na escola, não deixo de me surpreender com essas cenas.
Além disso, é bom vê-la alegre e saudável! Ainda mais depois de um tempo que ficou adoentada, com a cara abatida, os olhos fundos e assustados. Rapidamente ela perde peso. Aff!
Mas quando ela está bem, sempre tenho a satisfação de ter esses presentes e digo a mim mesma: "nada se compara ao sorriso de uma criança".

terça-feira, 14 de setembro de 2010

higiene bucal das crianças

Aproveitando o assunto de alimentação das crianças do post anterior, é sempre bom lembrar da higiene bucal das crianças.
Indico a matéria da Revista Personare que adoro:

http://www.personare.com.br/revista/casa-e-familia/materia/792/cuide-da-higiene-bucal-das-criancas
Bom proveito!

;-)

Esta comida não está gostosa

Essa frase virou mel na boca de Sofia. Ultimamente a pequerrucha tem dado trabalho para comer. Quer escolher o que comer, o quanto comer, quer contar histórias, que deem comida na sua boca, hábito que ela perdeu com pouca idade e agora quer de novo, pra comer tem que ter alguma coisa em troca, e, enfim, ficaria a tarde inteira sentada à mesa e sem comer... afff! Que trabalho e que gênio esse dela. Então tenho que rebolar para fazê-la comer sem traumas e com limites...
Minha prima Helena, que está se formando em nutrição, já deixou umas dicas sobre isso no blog que mantem, dentre outros interessantes assuntos.
http://helenaassuncao.blogspot.com/2010/07/como-fazer-com-as-criancas-que-dizem.html

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Não estou feliz hoje

Há poucos anos, adquiri um livro chamado "Inteligência Emocional e a arte de educar nossos filhos" do John Gottman, da editora Objetiva (1997). Ainda estou estudando esse livro, mas já estou colocando em prática com minha pequerrucha alguns ensinamentos.
Acredito que, infelizmente, estamos dissociados de nós mesmos, das nossas emoções e sentimentos. Ainda hoje, vale o ensinamento do templo de Delfos e atribuído à Sócrates: Conhece-te a ti mesmo!
Então, pergunto:
As pessoas possuem um modelo acurado e verídico de si mesmas?

Bem, quanto ao impacto da educacional emocional, segundo pesquisas apresentadas no citado livro, tem-se que "uma “preparação emocional” forma pessoas emocionalmente inteligentes capazes de:

 manter atenção concentrada;
 estabelecer inter-relações positivas com pessoas de convívio;
 colocar-se no lugar do outro, perceber suas emoções e razões (empatia);
 desempenhar tarefas acadêmicas satisfatoriamente;
 lidar com altos e baixos da vida;"
dentre outros.

Então, hoje, vivenciei a seguinte história.

Já pela noite, após um dia atarefado e desgastante, tanto para mim quanto para Sofia, estávamos com minha mãe no apartamento. Percebi que, pelos enjôos, Sofia já estava com sono, mas ainda precisava jantar. Preparei o prato para ela, então. Mas a pequenina queria primeiro pirulito e outras guloseimas. Eu nem prometi que permitiria depois. Só respondi que era hora de jantar...
Vô, vocês sabem como são, não é mesmo?! Preocupa-se demasiadamente com netinhos. E a pequenina, que já sabe que possui os "avós nas mãos" (aquela antiga história que avós só estragam), já solicita à avô que dê a jantinha na boquinha dela (rs. Ela se aproveita mesmo!) e ainda negocia o pirulito para depois do jantar. E eu, muita firme, só espero pela obediência e pela alimentação dela. E dona Maria (minha mãe), aproveita para "fazer a reza" para a melhor educação da criança.
Eu olho para Sofia e abro um sorriso, sobre a avó. A espertinha me responde:
 - Eu não estou alegre!
Tudo bem, né! Eu a estou ensinando a identificar os próprios estados emocionais. Sei que ela está aplicando em outras finalidades...
Ela ainda se vira para a avó e insiste:
- Eu não estou feliz hoje!
A avó responde:
-  Eu sei netinha, tenho visto que você anda nervosa mesmo!
A netinha imediatamente corrige.
- Ando nervosa  não vovó. Estou nervosa hoje!
Achei espetacular...
Quantos adultos sabem distinguir aspectos pontuais comportamentais da própria identidade? Ou seja, a diferença entre o ser e o estar? É uma discussão "pra mais de metro".
Só posso dizer que as crianças nos ensinam na sua simplicidade!

sábado, 28 de agosto de 2010

ser diferente é ser especial

- Mamãe, quando eu crescer meu cabelo vai ficar igual ao seu?
- Vai ficar igual a seu mesmo, minha filha, e de mais ninguém.
- Ah tá!
- Você queria que seu cabelo ficasse igual ao meu? (depois da resposta objetiva!)
- Queria.
- Igual como?
- Encaracolado. (Só faltava dizer pixaim! rs)
- Ah amor! Pode ficar enrolado sim. Mas vai ficar do jeito que só você vai ter. Bastar cuidar bem do seu cabelo, lavar bem, ter uma boa alimentação, beber água... (normalmente, a mãe aproveita a oportunidade e "reza o credo"!)
- É, porque ser diferente é ser especial.
- Isso mesmo. Que lindo! Onde você aprendeu isso? (Nossa, que resposta!)
- Na televisão, nos desenhos... Na aula na escola a gente aprendeu isso! Porque cada um tem uma postura bonita!
Fiquei sem palavras. Já observei que em alguns desenhos têm explorado temas como respeito às diferenças, amizade, cuidado da natureza, higiene... Nossas crianças tem outras informações disponíveis!
Bom, cabe a mim aproveitar as oportunidades para dar mais significado e aplicação aos valores e às virtudes que de vez em quando são ensinados!
Ser diferente é ser especial. Quem diria?!

domingo, 22 de agosto de 2010

adolescente precoce

Sofia está ligada no Justin Bieber. Ela quer ver o vídeo Baby, repetidas vezes. E ainda quer cantar junto, e em inglês...
Hoje, ela quis ver na casa dos avós, no notebook da tia. Eles ainda não tinham conhecido este hobby da pequena...
Estava Sofia assistindo o vídeo no youtube, cantando junto, quando o avô se aproxima e a observa. Ela pergunta: - Você está me achando doida vovô?
Ele responde: - Claro que não!
Ela se vira para a tia que lhe responde:
- Eu não acho! Está igual a qualquer outra adolescente!!!
......
E ela é adolescente?!? Com cinco anos.... A tia quis ironizar mesmo.
Sofia ainda disse que ele é gatinho... Isso é palavreado de bebê?!

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

dicas de blogueiro

Hoje eu estava conversando com minha mãe ao telefone, e ela relatou preocupação com a minha escolha de escrever sobre Sofia no blog. Confesso que faço isso temendo expôr demais meu tesouro aos perigos relacionados a segurança ou a interpretações equivocadas de sua forma de ser.
Com relação à educação das crianças, nós estamos sempre preocupadas com os tipos de pessoas que estão se tornando, com as atitudes do presente. Será que elas têm limites suficientes? Será que ela será uma futura tirana? Será que vai ser um chefe autoritário e não um líder sensível às necessidades e aos sentimentos dos outros? Será que isso, será que aquilo ...

Bem, do futuro não sei, mas aproveito pra deixar um link da matéria da revista Personare com dicas de um blogueiro que compartilha o dia-a-dia com seu filho e informa medidas para a segurança pessoal. ;-)

http://www.personare.com.br/revista/casa-e-familia/materia/724/um-blog-de-pai-para-filho

Tomar banho

Semana passada, Sofia estava se recuperando de uma otite média, então não foi para a escola.
A avó materna resolveu visitá-la, e conversa vai conversa vem, a avó lembra que  a pimpolha ainda não tomou banho e já estava passando da hora. Sofia se recusou.
A avó, resolveu ceder aos "diálogos democráticos" (como a mãe costuma fazer) e tentou convencer a Sofia, detalhando os benefícios ao restabelecimento da saúde, e 'patati patatá'. ...
E Sofia: - Não quero tomar banho. Só quando minha mãe chegar (coisa que ela inventou, porque nunca foi assim)!
A avó logo desiste de conversa fiada com menina que-não-sabe-nada e resolve ser mais diretiva: - Eu vou dar banho em você!
Não dá outra, Sofia responde: - Vó, você está doida, eu moro nesse apartamento?! É outro sistema vó, são
outras regras, tá doida éh? !
A dona Tetê disse que a vovó ficou sem jeito.
E foi conforme Sofia determinou...

Já nesta semana, Sofia passou um dia com os avós maternos. Pela tarde, do mesmo jeito a avó chamou a neta para tomar banho. A pequena, espertinha, se recusa e inventa histórias: "agora não", "só quando mamãe vier me buscar",  "depois"...
A vó não perdeu tempo e foi mais 'autoritária'!
Sofia respondeu: - Vó, você está me maltratando, eu sou visita!

Eu não faço ideia de onde ela tirou essa de sistema de regras... Mas já sei que ela sabe negociar bem conforme os interesses próprios. Só tem cinco anos, acabou de completar!

sábado, 7 de agosto de 2010

Dieta que vem dos pais

E falando em pais serem exemplos dos pimpolhos, uma matéria da revista Personare trata da influência dos pais nos hábitos alimentares dos filhos com dicas para favorecer a saúde, e com uma receita que parece ser bem apetitosa. Eu gostei da receita, vou experimentá-la.

http://www.personare.com.br/revista/casa-e-familia/materia/716/o-exemplo-que-vem-do-papai

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Mania de Sofia

A avó paterna da Sofia faz bolsas de tecido. Na foto está a última bolsa que ela fez, com estampa de bonecas russas. Achei linda!
E foi a avó paterna que me contou uma das penúltimas de Sofia.
Ela foi almoçar conosco semana passada e observou a mania de Sofia de ficar alisando uma mechinha de cabelo. A avó comentou que era feia a mania, pra quê?
Sofia ficou aborrecidíssima e se defendeu revelando que a mãe (eu!) também faz. De maneira diferente pois eu enrolo cachinhos! rs
Ai meu Deus! A avó disse que ficou sem saber como desfazer  o erro do comentário. E ainda lamentou-se por ter deixado a neta única tão aborrecida, coisa rara para a avó.

"Nós pais somos exemplos dos pequerruchos, mesmo!"

domingo, 25 de julho de 2010

Está muito bom

Horas depois, o avô põe à mesa o almoço da Sofia. Logo que ela começa a comer, ele pergunta:
- Está bom o almoço, Sofia?
Ela responde com um simples: - Está!
Ele, não muito confiante na resposta dela, insiste: - Mas está bom mesmo, ou está mais ou menos?
Ela responde enfaticamente: - Está muito bom!
Assim ele não tem mais dúvidas! rs

Eu sei que, geralmente, as crianças percebem os não-ditos, as intenções subentendidas, as insinuações e as manipulações. O que a gente acha engraçado na Sofia é que ela responde a eles! Não é boba.
Eu sou uma mãe coruja, eu sei.

O sono já acabou

Esta quem me contou foi meu pai.
Noite retrasada Sofia dormiu com meus pais. Pela manhã cedo, minha mãe deu leite pra Sofia e recomendou que ela voltasse a dormir, pois ainda era cedo. Ela voltou. Horas depois, ela acorda e sai do quarto. Meu pai, que assiste a cena, pergunta pra ela: - Pra onde você vai Sofia?
Ela responde:
- Vou pra sala vovô. Meu sono já acabou!
Ele me conta rindo.
...

Seus pacientes estão bem

Esta quem contou foi meu tio Gonçalo que está morando por um tempo com meu pais. Ele me narrou entusiasmado com o jeito de Sofia.
Ele disse que chegou do trabalho, dia desses, e Sofia conversou com ele:
- Tudo bem, tio Gonçalo (ele é tio-avô dela e ela sabe, mas abrevia)?
- Tudo, Sofia.
- Está chegando do trabalho, né?
- Estou sim.
- E os seus pacientes como ficaram?
Tio Gonçalo adorou essa pergunta dela. Ele trabalha em hospital na parte de contabilidade. Sofia sabe que é em hospital, só não sabe que é em parte burocrática, então deduziu que era com pacientes.
Já que ela demonstrou interesse e atenção, ele explicou a natureza do trabalho dele, imaginem.
Essa Sofia...

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Eu sei me cuidar

Ainda no mesmo dia, antes do ocorrido sobre um irmãozinho, no mesmo dia, e já à noite, eu estava me arrumando e arrumando as meninas para irem comigo fazer uma inscrição em um curso em um determinado local. Eu disse à Elaine:
 - Que bom que você está com a gente. É bom que pode me ajudar a olhar Sofia enquanto eu fico na fila, se houver, e você fica de olho para ela não ir longe, não chegar perto de piscina etc.
E Sofia, ouvindo, respondeu séria olhando pra mim:
- Não precisa. Eu sei me cuidar!
Aff!

Eu respondi que está bem.
Mas, com crianças, e ainda mais criancinhas, não dá pra relaxar. E como Sofia é criancinha, meu bebê, ela se comportou como tal, correndo, pulando, foi pra longe, voltou... Claro, ela é só uma criança! Querendo ser independente. ;-)

Um irmãozinho

Terça-feira passada, dia 20 de julho, saí com Sofia e a Elaine, amiga nossa de 10 anos, que às vezes faz companhia para Sofia. Estávamos em uma fila de caixa rápido bancário, e Sofia começou a brincar com a corrente que delimita fila. Então, ela marcou a parte dela, pediu à Elaine que também escolhesse, e à mim também, e sobrou uma parte. Aí Sofia disse: - Essa parte aqui é do meu irmãozinho!
Olhou pra mim e antes que eu começasse a falar, ela se adiantou: - Talvez, né mamãe! Você vai pensar, né!
...
Semanas atrás, eu e ela tivemos uma conversa sobre eu ter um outro bebê e ela um irmão, e pela profundidade dos argumentos dela, que abria mão dos brinquedos, que compartilhava o colo de mamãe, dentre outros, eu "bati em retirada"! rs

Dias antes ainda, ela já vinha pedindo um irmãozinho. E relatando as histórias de irmãos dos amigos da escola dela. Que pressão Sofia faz!
Na revista Cláudia de junho/2010 há orientações de uma profissional para respostas a esses tipos de pedidos das crianças. Gostei do conselho de sermos direta em informar a decisão, poupando as crianças de longas explicações, de maneira bem simples.
Posso dizer que busco fazer isso. Mas Sofia continua esperando, e querendo...

Talvez se ela fizer algo assim, quem sabe aconteça:

Um amigo do trabalho me enviou esse vídeo quando soube dos pedidos de Sofia! rs
Brincadeiras à parte, aumentar a família é uma decisão complexa nos dias de hoje, digo por mim e pelo meu marido!
;-)

sexta-feira, 16 de julho de 2010

'Privinição'

Dia desses atrás, dona Terezinha faltou uns dias de trabalho em decorrência de greves de ônibus. Coube ao pai de Sofia arrumá-la pra ir à escola, enquanto eu estava trabalhando. Cheguei ao apartamento no horário de almoço, ainda em tempo de vê-los se preparando. O pai dela, que não tem costume com esse tipo de tarefa,  foi verirficar a mala da Sofia e retirou a capa de chuva. Sofia resistiu chorando dizendo que era pra usar em caso de vir a chover. O pai dela afirmou categoricamente que não seria necessário naquele dia, com certeza aquela época não era de chuva, e seria melhor tirar a capa.
Sofia veio pra mim desapontada, quase chorosa, dizendo que queria levar a capa de chuva de "privinição"!
Lembrei-me de ter ouvido essa palavrinha sendo dita pela dona Terezinha. Na história de vida de dona Terezinha entendo o linguajar dela. E não costumo corrigi-la ou julgá-la errada, principalmente na frente da Sofia, para não ensiná-la equivocadamente a estereotipar ou desvalorizar pessoas em consequência da língua falada.
Mas aí, na hora precisei fazer a correção da palavra para Sofia. Tentei sutilmente fazer a correção e disse algo semelhante a: - Você está certa quanto a 'prevenção' Sofia, é que o seu pai...
Sofia me interrompeu logo, percebendo a minha intenção e me "corrigindo": - Não mamãe, prevenção não, é privinição!
Pra mim, só restava ser explícita, e deixar de arrodeios:
- Sofia, quem fala 'privinição' aqui em casa é a dona Terezinha, pois ela aprendeu assim e pensa que está certa. Mas a palavra certa é prevenção!
Surpreendemente, ela aceitou sem mais argumentos, insistências e resistências.
Aos poucos, à medida que ela for crescendo e em doses homeopáticas, irei ensinando-a a respeitar a língua falada das pessoas, combatendo o preconceito linguístico, ao mesmo tempo em que ela se apropria da Língua padrão e compreende os contextos de utilização!
Assim espero!

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Avós deviam namorar

Fim de semana passado, eu e Sofia fomos ao apartamento dos meus pais, almoçamos com meu pai e minha irmã. Após o almoço, diferente de outras vezes, eu já chamei Sofia para nos prepararmos para ir embora. O avô dela também começou a se arrumar. Após alguns minutos, Sofia observou que ele estava todo arrumado e cheiroso e perguntou para onde ele ia. Ele respondeu que ia ao shopping pagar contas.
Sofia cochichou no meu ouvido:
- Mamãe, o vovô devia chamar a vovó, ela se arrumava também, os dois saiam, jantavam fora e se beijavam!

Fiquei refletindo como é que esta criaturinha percebe que de duas pessoas arrumadas, companheiras, deve surgir um encontro íntimo ( para nosso pensamento é um encontro romântico e amoroso, e depois disso fica para a mente e alucinação de cada um. rs). Sei que naturalmente na idade de Sofia, por mais que eu evite expô-la a novelas e filmes inadequados para a idade, ela já assiste cenas desse tipo na televisão. Além disso, achei que foi um pensamento ingênuo e, ao mesmo tempo, apropriado e sugestivo para o casal. Por isso que acredito que às vezes precisamos ter olhares menos providos de obstáculos, questões passadas, para podermos usufruir do presente. As crianças nos ensinam.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Proibir de usar esmalte

Há alguns meses, acho que desde meados do ano passado, que a vaidade entre as meninas é bastante espelhada na turma da escola da Sofia.
Às vezes, permito alguns usos de Sofia, porque as "amiguinhas fazem", como por exemplo ter maquiagem, pintar as unhas, e se arrumar bem para ir à escola.
Pai de Sofia não gosta muito de vê-la com esmaltes, por exemplo. Também não queremos permitir consequências prejudiciais a saúde física  ou psíquica, com uma erotização precoce, dela.
Eu fico buscando me posicionar no meio, nem permito cores fortes, vermelho, e uso frequente, mas também não descarto por completo essa alegria dela; aprendi até a fazer a florzinha para facilitar o uso da cor base. Claro que buscando uma comunhão com o pai dela.

Hoje levei Sofia à uma consulta de emergência. Ela passou o dia de ontem com sinais de resfriado, não dormimos bem pela noite, então decidi levá-la para ser examinada e para que eu pudesse obter orientações médicas.
Quando ela foi chamada pela médica, a dra. brincou com o fato de Sofia estar com um dedo e a ponta do casaco na boca. A dra. perguntou se tinha gosto de chocolate, comentou sobre os dedos, a mão e  as unhas, que estão pintadas e com desenhos de flor.
Términho da consulta, eu e Sofia estávamos voltando para o carro quando ela comenta:
- Mamãe, eu pensei que a dra. fosse me proibir de usar esmalte nas unhas!
Fiquei pensando sozinha com meus botões sobre os temores dela e rindo.
Que susto. Por pouco, não é Sofia!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

E se a polícia morrer?

Hoje ao meio dia, eu estava dirigindo o carro e Sofia estava sentada na cadeirinha no banco de trás. Aí ela 'me vem' com estas:
- Mãe, e se a polícia morrer, como fica? E se a polícia toda morrer? Ah, já sei mamãe, se a polícia morrer, novas sementinhas de polícia vão surgir! Ah mamãe, quando todos nós morrermos não vamos mais precisar de polícia, não é?!

Foi assim, metralhando uma depois da outra, eu não estava pronta pra responder a primeira ela já emendou a segunda e foi em frente. Ela mesma concluiu, não precisou de nenhuma resposta minha, ainda bem, e eu fiquei me sentindo uma palerma, desejando dar "aquela" resposta, mas só simplesmente respondi: - É... isso mesmo...!
Quem é que se prepara para esse tipo de pergunta? Como assim se a polícia toda morrer?
Até pensei em responder de maneira bem realista: outras pessoas surgirão. Mas, me indago agora: como será o mundo daqui a uns 20 anos??

Aff!

domingo, 20 de junho de 2010

Deus tem namorada?

Ontem, Sofia me veio com estas perguntas:
1º - Mamãe, Deus tem namorada?
Eu respondi que não e ponto final. Não ia querer incompridar a história e depois ficar em saia justa. ;-)
Fiquei me perguntando porque é que ela já pensa que Deus é homem.

Depois, outra:
- Mãe, você e o papai vão ficar velhos?!
Respondi:
- Com fé em Deus, vamos!
Aí observei seu rostinho com os olhos sorridentes (?), e respondi logo:
- Você também vai ficar velha meu bem!
Aff
;-) rs

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Natação

Tirei foto da minha filhotinha hoje na natação. É tão bom vê-la se divertindo com esta atividade, e sei que ao mesmo tempo ela está se desenvolvendo!

Hoje ela me pediu para levá-la. Aproveitei a ausência do serviço para vaciná-la e atendi ao pedido...
Adorei a matéria que fala dos benefícios da natação para os pequenos:

http://www.personare.com.br/revista/casa-e-familia/materia/382/beneficios-da-natacao-para-pequenos

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Depois de um sumiço

Nossa que dificuldade ficar alimentando blog frequentemente!!

Quantas colheres?

Dias atrás, Sofia me surpreendeu com mais uma esperteza. Ela estava almoçando e não queria comer tudo, coisa que ela vem fazendo ultimamente, aí me perguntou: - Então, quantas colheradas ainda, mamãe?
Como ela tinha comido pouco, eu disse que comesse oito colheradas. A resposta dela: - Está bem, vou começar do dez!
Eu ri bastante e disse que ela estava esperta. Ela entendeu que eu explicitei a estratégia dela de diminuir a quantidade de colheradas.
No dia seguinte eu dei o troco na mesma moeda, em contexto parecido, disse a ela que comesse mais duas colheradas contando a partir do dez!
Sei que fiquei embasbacada com a estratégia dela! Eu hein!

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Ele gosta do que quiser

Minha mãe ainda me narrou uma das penúltimas de Sofia...
Ela ficou uns dias com Sofia, quando eu estava viajando. Contou que saiu do apartamento para passear com Sofia e tomar um sol. Quando voltaram, meu pai também estava voltando da rua e parou na portaria do bloco para verificar se tinha correspondências. Minha mãe, pelo costume, criticou de maneira "quase" impaciente:
- Toda vez que você passa por aqui você verifica essa caixa de correspondências. Haja paciência!
A Sofia saiu em defesa do querido avô:
- Ah vó, ele faz isso porque gosta!
A avó ainda tentou manter a crítica dizendo que ele deveria gostar de outras coisas...
Sofia também manteve a defesa:
- Ah, vó, ele gosta do que quiser!
Quer mais?!

Pensar na vida, que nada...

Primeira sexta-feira, pós carnaval, eu estava no meu apartamento, retornando de viagem, e recebi no almoço a visita da minha mãe e irmã, mais interessadas na Sofia do que em mim,é claro!
Então, Sofia, após uma semana sem aula, começa a dizer que vai se arrumar para ir à escola.
- Vamos ficar aqui hoje à tarde, eu não vou trabalhar. Eu disse a ela.
- Mas mãe, quero ir brincar na escola. Ela me respondeu.
- Vamos brincar juntas aqui hoje. A gente pode montar o quebra-cabeça da moranguinho novo que eu trouxe pra você. Eu insisti.
- Mãe, eu quero brincar com as outras crianças. Ela encerra a conversa!
Então, todas conversamos e almoçamos. Até que Sofia desaparece por alguns minutos e quando reaparece, já vestiu o uniforme, sozinha, para ir pra escola.
A vovó e a titia, desapontadas ainda insistem que ela fique em casa. A titia ainda se oferece pra brincar com ela. Eu digo que vovó e titia estavam lá para ter a companhia dela.
Então, Sofia, chorando copiosamente, diz que quer ir pra escola.
É claro que nós três desistimos de demovê-la da ideia de ficar, e nos conformamos. "Está bem, então vá para a escola." Dizemos, ou pensamos, em uníssono!
D. Terezinha a leva para a escola com quase uma hora de atraso.
Eu, minha mãe e minha irmã ficamos conversando sobre assuntos da vida. Minha mãe ainda se queixa que queria ter mais tempo para não fazer nada, não fazer comida em casa, não limpar casa, não fazer nadinha, só ficar pensando na vida...
D. Terezinha chega de volta e comenta:
- Sabe o que a Sofia foi me dizendo no caminho?!
- Diga d. Terezinha. Eu respondi.
- Eu é que não quero ficar em casa pensando na vida, dona Tetê. Eu quero é ir pra escola me divertir...
Eu só dou aquela olhadinha pra minha mãe pensando: "as crianças nos ensinam muito mesmo, hein!? Ficar pensando na vida? Que nada..."
Essa Sofia.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Eu odeio minha mãe

Em compensação, anteontem, na hora de ir à escola Sofia borrou o esmalte da unha que tinha acabado de pintar e enfeitar. Ela chorou bastante. Eu limpei a unha dela com acetona e disse que só pintaria de novo à noite. Ela não aceitou. Chorou, gritou, rolou no chão e ficou irredutível. Da minha parte, também endureci com ela. Firmei posição e pedi a ela que se acalmasse. Ela ficou irredutível e gritou muito. Eu dei umas palmadas no bumbum dela e disse para ir pra escola imediatamente. Ela saiu descendo as escadas e me dando ordens. Eu a chamei de volta para o apartamento e dei umas chineladas no seu bumbum aí sim ela se acalmou.
Mais tarde, liguei para casa e falei com d. Terezinha. Ela me contou o que Sofia disse no caminho: - D. Terezinha, eu odeio minha mãe!
Final da tarde fui buscar Sofia na escola. Quando ela me viu de longe deu aquele grito de alegria: - Mããããeeeeee!!!!
Huuufff! Ela esqueceu dos comentários a meu respeito e da frustração que sentiu. Como é difícil educar uma criança, meu Deus!
;-)

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Eu te amo

Hoje, quando Sofia saia para a escola, dei-lhe um beijo e disse: - Vai com Deus. Tome cuidado, pegue na mão da d. Terezinha, tenha atenção no caminho etc. Eu te amo. E Jesus também. Jesus te ama mais ainda!
E Sofia me respondeu: - E eu te amo mais que Jesus, mamãe! Mamãe, o tamanho do meu amor por você chega até o teto desse apartamento. Ou melhor, chega até o céu!
Inundou o meu coração de inúmeros sentimentos...