Acredito que, infelizmente, estamos dissociados de nós mesmos, das nossas emoções e sentimentos. Ainda hoje, vale o ensinamento do templo de Delfos e atribuído à Sócrates: Conhece-te a ti mesmo!
Então, pergunto:
As pessoas possuem um modelo acurado e verídico de si mesmas?
Bem, quanto ao impacto da educacional emocional, segundo pesquisas apresentadas no citado livro, tem-se que "uma “preparação emocional” forma pessoas emocionalmente inteligentes capazes de:
manter atenção concentrada;
estabelecer inter-relações positivas com pessoas de convívio;
colocar-se no lugar do outro, perceber suas emoções e razões (empatia);
desempenhar tarefas acadêmicas satisfatoriamente;
lidar com altos e baixos da vida;"
dentre outros.
Então, hoje, vivenciei a seguinte história.
Já pela noite, após um dia atarefado e desgastante, tanto para mim quanto para Sofia, estávamos com minha mãe no apartamento. Percebi que, pelos enjôos, Sofia já estava com sono, mas ainda precisava jantar. Preparei o prato para ela, então. Mas a pequenina queria primeiro pirulito e outras guloseimas. Eu nem prometi que permitiria depois. Só respondi que era hora de jantar...
Vô, vocês sabem como são, não é mesmo?! Preocupa-se demasiadamente com netinhos. E a pequenina, que já sabe que possui os "avós nas mãos" (aquela antiga história que avós só estragam), já solicita à avô que dê a jantinha na boquinha dela (rs. Ela se aproveita mesmo!) e ainda negocia o pirulito para depois do jantar. E eu, muita firme, só espero pela obediência e pela alimentação dela. E dona Maria (minha mãe), aproveita para "fazer a reza" para a melhor educação da criança.
Eu olho para Sofia e abro um sorriso, sobre a avó. A espertinha me responde:
- Eu não estou alegre!
Tudo bem, né! Eu a estou ensinando a identificar os próprios estados emocionais. Sei que ela está aplicando em outras finalidades...
Ela ainda se vira para a avó e insiste:
- Eu não estou feliz hoje!
A avó responde:
- Eu sei netinha, tenho visto que você anda nervosa mesmo!
A netinha imediatamente corrige.
- Ando nervosa não vovó. Estou nervosa hoje!
Achei espetacular...
Quantos adultos sabem distinguir aspectos pontuais comportamentais da própria identidade? Ou seja, a diferença entre o ser e o estar? É uma discussão "pra mais de metro".
Só posso dizer que as crianças nos ensinam na sua simplicidade!

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